08 julho 2012

O que mudou no meu projeto de pesquisa



Cristiane Basques da Cunha Silva
Mestranda Ciência da Informação - UNB/2012
Disciplina: Metodologia em Ciência da Informação
Professores: Sofia Galvão e André Porto

Quando da definição de quais disciplinas cursar neste semestre me deparei com a Professora Sofia na secretaria do PPGCINF e perguntei sobre a proposta da disciplina. Logo me convenci que Metodologia em Ciência da Informação deveria ser cursada.
Cheguei achando que o meu projeto era merecedor de alguns ajustes e saí entendendo que deveria ser totalmente reformulado. Logo no primeiro dia de aula fui questionada sobre o problema da minha pesquisa e fui desafiada a reformular a pergunta começando não com o “porque”, mas sim com o “qual” e então saiu um “o que?”. O meu problema parecia estar tão claro e objetivo!
Então começamos a disciplina sendo alertados que “não iríamos mudar o mundo”, nossa pesquisa deveria entender o fenômeno. Então veio a dúvida: o que é um fenômeno? Confesso que levei muitas aulas para entender qual era realmente o fenômeno da minha pesquisa e acho que consegui.
Assim, do problema passamos para o objeto geral, objetivos específicos, tipo de pesquisa, hipóteses, pressupostos, referências, experiências, trabalhos, bancas, orientações e sugestões. Foram versões e versões apresentadas para avaliação e que voltaram com muitas observações. Não posso esquecer uma dica que ficará gravada para sempre em minha mente: “os dados explicam”, “os dados sugerem”, “segundo Fulano”.
As rodadas realizadas para apresentação dos projetos dos demais mestrandos iam me trazendo acalanto, pois além de acompanhar a estrutura e justificativa de cada proposta, percebia que as dúvidas eram lineares, assim como as ajudas dos colegas.
Sai Sofia entra André, e agora? Nunca pensei que pensar ciência dava tanto trabalho, mas que pensar ciência era não pensar no obvio. A frase “vocês precisam se entender como pesquisador, como cientistas” me levou a refletir porque estava realmente fazendo ciência!
Tomanik apud André foi norteador, esclarecedor, André apud André foi desconstruidor, orientador, questionador: Por quê? Como? Onde? Para que? Nessas horas minha mente era literalmente obrigada a funcionar e quando respondia “a” Ele perguntava novamente se não seria “b” ou “c” e porque não “d”? Foram muitos blogs, e-mails, muitas informações, elucubrações, ideias, discussões, dicas, Coríntias (isso a gente pula)! Foi majestosamente uma oportunidade ímpar de aprender a pensar além do que se vê!
Ao final de tudo olhei para trás para trazer à tona a primeira proposta apresentada na disciplina para comparar com a atual e percebi que estou com um olhar mais criterioso, mais engajado, mas pesquisador e porque não mais cientista.
Obrigada aos mestres pelo conhecimento e sucesso a todos os parceiros da disciplina.

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