17 junho 2011

Ainda sobre o "por quê?"

Talvez também seja interessante refletir sobre a idéia de Peter Burke, no livro "Uma história social do conhecimento: de Gutemberg a Diderot", que nos fala, ao discutir as bibliotecas da antiguidade, o seguinte:

Bibliotecas que sobreviveram nos permitem estudar a “arqueologia do conhecimento” no sentido literal da famosa expressão de Foucaut, examinando os vestígios físicos de antigos sistemas de classificação. Os catálogos das bibliotecas públicas e privadas, e a organização das bibliografias (que eram apresentadas na forma de bibliotecas imaginárias, usando muitas vezes os títulos Bibliotheca), seguiam frequentemente a mesma ordem, com poucas permutações e modificações. (p.88)



Seguindo tal idéia, o resultado poderá ser uma espécie de “arqueologia das bibliotecas”, onde através de relatos institucionais, podem ser resgatados fatos da história e memória institucional, pois a idéia de revirar a o Arquivo Institucional em busca de informações sobre a história da instituição, nos remete à figura tradicional do arqueólogo escavando os restos de civilizações, em busca de fragmentos que possam reconstruir, ao menos, uma parte daquela.

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